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Tempos difíceis?

Este ano Deus ministrou tanto em meu coração que não sei nem por onde começar. Foram tantos momentos em que aprendi coisas riquíssimas.

No ano de 2006, perdemos um bebê, que era uma menina, muito amada e esperada, eu tinha pensado ser o mais difícil ano de minha vida.  Até chegar 2011.

Não posso dizer que estou triste, pelo contrário, sinto a paz que excede todo o entendimento, mesmo porque nem eu mesma posso entender como esta paz tem sido alimentada, a certeza que tenho é que ela vem de Deus.

Começamos o ano muito bem, no Níger, com muitas promessas de Deus, as principais promessas: mudança e crescimento. Nossa como dói todo este processo. Como dói o processo de amadurecimento, sinto como a lagarta dentro de seu casulo, e quando ela pensa que vai morrer, ela transforma na borboleta, livre, e conhece a grandiosidade da criação. É exatamente assim que me sinto atualmente, como se eu tivesse vivido dentro de um casulo, achando razoavelmente confortável e de repente o processo de transformação vem, e começo no “fim do túnel” a ver brechas com a grandiosidade que Deus tem para me mostrar.

Compartilhando um pouco do que vivi rapidamente: com uma ferida grande na perna meses atrás descobri que não era uma alergia e sim uma picada de inseto, meu marido descobre uma doença de precisa de uma cirurgia (no esôfago), meu pai sofre um sequestro relâmpago e quase o matam, minha mãe descobre uma enfermidade, eu tomo várias picadas de inseto e fico mais de um mês tomando remédios (cortisona) para acalmar a alergia, uma criança da creche morre o “flautinha” nosso querido Sidi Mohamed morre no Níger, por negligencia médica. Pessoas que amo e as considerava extremamente simplesmente desaparecem de nossas vidas sem motivo, explicação ou consideração, meu filho (Med) sofre um acidente (por desobediência) e fica hospitalizado (eu distante dele), e faz uma cirurgia no Níger, uma das obreiras do ministério sofre um ataque no Níger (quase morre) e nossa base é assaltada (levando o dinheiro do sustento dos projetos e mais o dinheiro de mais de 30 cultos que fizemos).

Lembro-me a cada instante em minha memória: “O choro pode durar uma noite, mais a alegria vem ao amanhecer” Salmos 30.5

Este ano durante um período me senti só, pensei e perguntei ao Pai: Senhor onde estão aqueles que me amam? Onde estão aqueles que podem me encorajar?

Uau, eu não sabia que era tão amada, não sabia que as pessoas pudessem amar tanto as crianças do Níger e o projeto, quando aconteceu tudo isto esta semana do roubo no Níger, recebemos centenas de e-mails com mensagens nos encorajando, isto foi muito importante para nós, pessoalmente e para o projeto em si. Quantas pessoas se mobilizando para ajudar, todas em amor, um amor que estávamos precisando sentir, de pessoas que raramente nos escreve, isto foi tão bom.

A missionária que foi atacada no Níger, com uma segurança daquilo que Deus tem para ela, tendo certeza daquilo que Deus preparou para ela, mesmo em tempo de grande tempestade ela não esmoreceu! Isto trouxe tanta paz.

Podemos dizer: que a convicção que já existia em nossos corações, através das provações e tempestades se solidificou. Não há dúvidas de que o Senhor nos criou para ser exemplo para muitos, não há dúvidas de que queremos cada dia mais ser como Jesus, ser discípulos fieis do Mestre. Não há dúvidas de que o batismo do sofrimento é muitas vezes necessário. Não há dúvidas de que para segui-lo precisamos negar a nós mesmos, pegar a nossa cruz e segui-lo, para onde? Quando se pega uma cruz, não se vai ao shopping ou ao restaurante, e sim para o Calvário, para a morte. É isto mesmo amados, para segui-lo precisamos morrer, para que Ele viva.

Em Lucas 9:23-24  Jesus dizia a todos: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará.”

Que o Senhor fale ao seu coração,

Giovana Canhoni

Serva.

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